São João da Madeira

Dependência

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Viemos a este mundo totalmente dependentes do amor, do cuidado e da proteção de outros. Passamos por uma fase na vida em que outras pessoas dependem de nós. E a maior parte de nós deixará este mundo dependente totalmente do amor e cuidado de outros. E isso não é mal ou uma realidade destrutiva. É parte do plano, da natureza física que nos foi dada por Deus.
As vezes ouço pessoas idosas—incluindo cristãos, que deveriam ter mais entendimento —, dizerem: “Não quero ser um peso pra ninguém. Estou feliz em continuar vivendo enquanto puder cuidar de nim, mas se eu vier a me tornar um peso prefiro morrer” Isso está errado. Todos estamos destinados a ser um peso para o outro. Você está destinado a ser um peso pra mim e eu estou destinado a ser um peso para si. E a vida familiar, incluindo a vida familiar da igreja local, deveria ser de “responsabilidade mútua”. “Levai as cargas uns dos outros e, assim cumprireis a lei de Cristo.” (Gl 6:2)
O próprio Cristo provou da dignidade da dependência. Ele nasceu como um bebé, totalmente dependente do cuidado da mãe. Precisou ser alimentado, trocado e apoiado para não cair. Mesmo assim, nunca perdeu a dignidade divina. E no final. Na cruz, mais uma vez tornou-se totalmente dependente, com os membros perfurados e esticados e incapaz de se mover. Assim, na pessoa de Cristo, aprendemos que a dependência não desistiu — não pode desistir — uma pessoa de sua dignidade, de seu valor supremo. E se a dependência foi adequada para o Deus do Universo, certamente é apropriada para nós.
STOTT, John. O Discípulo Radical, Editora Ultimato, 2011. Pags 93,94



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